Projeto Abrace um Autor Nacional.
Hoje trazemos a Giovana Taveira, autora do fantástico livro Entre Will & Vodka (aguardem resenha) em uma entrevista. Acompanhem:
1- Qual é a sua inspiração na hora de escrever? Já se
inspirou em outros autores para escrever?
Eu sou observadora, então quase tudo me inspira, mesmo as coisas ruins.
Minha inspiração vem ao questionar o tipo de coisa que gostaria de ler. Fico me
perguntando se o que estou escrevendo me agradaria se eu fosse o leitor. Sim,
eu frequentemente me inspiro em autores e na forma como eles conduzem a escrita,
passando uma mensagem complexa por um texto simples.
2- Cite três escritores nacionais e três internacionais que
você admira. Que livro e autor você acha que todos deveriam ler pelo menos uma
vez na vida?
Nacionais há vários, mas vou citar minhas amigas de escrita Natalia
Saj, Cássia Carducci e Emanuelle de Almeida.
De internacionais, eu gosto bastante de Bukowski, Rupi Kaur e Emily
Brönte.
Acho que todos deveriam ler Clube da Luta, de Chuck Palahniuk.
3- O que você acha de seus leitores?
Acho que são as pessoas mais incríveis e gentis do mundo, e não penso
isso só por lerem o que escrevo, mas porque eles deram chance a uma pessoa
desconhecida, eles gastam seu tempo com algo que eu escrevi, e me mandam
mensagens dizendo o que acharam. Eles me deram oportunidades. Se isso não for
ser incrível e gentil, então não sei o que é.
4- Qual foi o livro que te fez entrar no mundo da leitura?
O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Bronte. Foi quando percebi que
podia ler o que eu quisesse, sem ter a obrigação de fazer resumos ou provas
escolares. Só por prazer.
5 - Você tem inspiração ou ajuda de outros autores para
escrever?
Com certeza, tenho vários amigos nesse meio, e eles me ajudam o tempo
todo. Leem cenas para ver se ficou real, se está passando a mensagem,
estruturação de roteiro... Nos ajudamos em várias coisas. E, sim, além da
inspiração de grandes escritores, me inspiro na vida dos meus amigos, no
caminho que eles fizeram para chegar onde estão e na própria superação do dia a
dia. Cada um me inspira de um jeito diferente e me dá forças.
6 - Você já se inspirou em alguma música ou banda para
escrever?
Sim, faço isso o tempo todo. Tenho uma playlist para cada história.
7 - Você teve alguma dificuldade para publicar seu livro?
Tive, e ainda tenho depois que foi publicado. Acho que as dificuldades
nunca acabam, porque quando não são as da escrita, próprias da criação, são as
relacionadas ao processo de publicar e a divulgação. É uma luta todo dia.
8 - Como você lida com comentários negativos sobre seus
livros?
Por enquanto ainda não tive nenhum, só comentários bacanas e
incentivadores. Mas acho que mesmo as críticas ruins, quando fundamentadas, nos
ensinam alguma coisa.
9 - Se eu fosse para uma ilha deserta eu levaria...
Meu computador e vários livros.
10 - Qual o seu livro preferido na atualidade?
No momento estou apaixonada por Outros Jeitos de Usar a Boca, da Rupi
Kaur, e O Que o Sol Faz Com as Flores, da mesma autora. É de uma delicadeza e
profundidade, que me deixaram com ressaca.
11- Qual seu maior sonho como escritor(a)?
Conseguir viver disso, mas se não conseguir, que meus livros toquem a
maior quantidade de pessoas possível.
12 - Como é a sensação de saber que as pessoas leem seu
livro? E postam foto nas redes sociais e comentam sobre ele com os amigos e
familiares?
É muito bom saber que tem gente lendo, comentando e falando sobre ele. É
uma sensação boa ao saber que as pessoas gostaram o bastante para recomendar
aos amigos e postar nas redes sociais. Acho que isso significa que tiveram uma
boa leitura, então me sinto muito feliz com cada postagem ou arte que eles me
mandam. Uma vontade enorme de abraçar cada um e agradecer.
13 - O que te inspirou, qual foi a sua experiência ao
escrever o seu livro.? Como surgiram os personagens? Você se inspirou em alguma
pessoa que você conhece?
Em Entre Will & Vodka fui inspirada por coisas que observei no
cotidiano e no próprio mundo literário. Escrever algo delicado, buscando tocar
em tudo o que as pessoas têm em comum e mostrar que um relacionamento é
construído por reciprocidade foi algo muito peculiar. Ao mesmo tempo que tive
medo de romantizar alguma coisa errada e não atingir o objetivo, isso me dava
forças para me manter firme na linha de narração. As personagens geralmente
surgem sozinhas na minha cabeça, elas mesmas se constroem, não busco inspiração
em pessoas próximas, mas sempre acabo incluindo algo que observo, é inevitável.
14 – Se o seu livro virasse um filme, qual seria a música
que o representaria?
Acho que I Hate U, I Love U, do Gnash feat. Olivia O’Brien se
encaixaria bem.
Muito obrigada novamente Giovana, você deseja falar mais alguma
coisa para os leitores e seguidores de Para Gostar de Ler e Para Gostar de Ler
Brasil?
Eu que agradeço pela oportunidade. Gostaria de agradecer também a cada
leitor e o carinho que recebo de todos. Obrigada mesmo, de coração. Vocês fazem
tudo valer a pena.